segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Ministério Público Estadual-MS diz que Zeca e Raufi chefiavam desvio de verbas


Segunda-feira, 08 de Outubro de 2007

Da Redação
O MPE (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) apontou o ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, e o ex-secretário de Coordenação Geral de Governo, Raufi Antônio Jaccoud Marques, como líderes de um suposto esquema de desvio de dinheiro público através de pagamento a serviços de gráficas e de agências publicitárias que nunca foram executados.

Zeca e Raufi foram denunciados em duas ações: uma criminal (por crimes de peculato, uso de documento falso e falsidade ideológica) e outra cível (por improbidade administrativa). Outras nove pessoas, entre ex-servidores públicos e empresários, também são denunciadas pelo MPE.

"Eles eram os chefes do esquema, eles eram a cúpula, que determinava a retirada do dinheiro público", disse a promotora Jiskia Trentin, nesta segunda-feira, durante entrevista coletiva da força-tarefa do Ministério Público para investigar as denúncias feitas pela ex-servidora pública Ivanete Leite Martins.

Ivanete, que fez um acordo de delação premiada com os promotores, denunciou a existência de um esquema de caixa 2 alimentado por pagamentos do governo a serviços de publicidade nunca executados. O golpe, de acordo com os promotores, funcionava através de notas fiscais frias emitidas por agências de publicidade e por gráficas que permitiam o pagamento pelos "serviços".

Outra variante, ainda de acordo com os promotores, era a cobrança de uma comissão que variavam entre 5% e 10% sobre serviços executados. Entre 2005 e 2006, os gastos com publicidade do governo Zeca do PT, atingiram R$ 57 milhões.

O MP evitou estimar quanto dinheiro pode ter sido movimentado na fraude. As duas denúncias formalizadas na sexta-feira se referem a uma parte do que vem sendo investigado há cinco meses pelo MP. "Temos uma sala que está lotada de documentos, nem tudo foi analisado ainda", diz o promotor Marcos Sottoriva, responsável pela ação de improbidade. Nesta ação, o promotor quer a devolução de R$ 218 mil mais o pagamento de R$ 436 mil como indenização por danos morais sofridos pelo Estado.

Fonte: Campo Grande News

http://www.campogrande.news.com.br/politica/view.htm?id=394783&c

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