quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Para deputados do PMDB e do PT, aliança nacional não muda em nada realidade de MS


08/10/2009 13:09

Valdelice Bonifácio
Giuliano Lopes
Deputados do PMDB querem André livre para escolher presidenciável

A aliança nacional entre o PT e o PMDB não exercerá influência decisiva no cenário local. Pelo menos esta é a avaliação de deputados estaduais do PMDB e do PT ouvidos nesta manhã pela reportagem do Midiamax. A cúpula do PMDB decidiu apoiar a presidenciável petista Dilma Rousseff e deve indicar o candidato a vice na chapa da petista.

Líder do governo, o deputado Youssif Domingos (PMDB) acredita que em Mato Grosso do Sul os dois partidos continuarão tão adversários quanto antes. “O governador [André Puccinelli] nunca escondeu a vontade de fazer aliança com o PT local, mas como Zeca do PT deve sair candidato a governador o acordo não será possível”, esclarece.

Youssif também tem dúvidas de que a aliança entre PMDB e PT nacionalmente se consolide nacionalmente. “Este acordo não é unanimidade no PMDB”, avalia.

Hoje, o deputado federal Waldemir Moka, presidente afastado do PMDB regional, informou que os convencionais de Mato Grosso do Sul votarão contra a aliança nacional porque ela engessa o governador André Puccinelli.

Apesar da verticalização não vigorar mais, a aliança nacional cria limitações para os candidatos a governador nos Estados. Se o PMDB Nacional fechar apoio à Dilma, André Puccinelli não tem a obrigação de recebê-la em seu palanque, mas, também não pode oferecer apoio oficial ao governador de São Paulo, José Serra, do PSDB, provável presidenciável tucano.

Os dois não poderiam, por exemplo, aparecer juntos em palanque oficial e nem na propaganda eleitoral em rádio e televisão.

Youssif defende o posicionamento de Moka. Acha justo que o governador tenha liberdade para escolher o candidato a presidente que lhe parecer melhor.

Outro deputado do PMDB que pensa da mesma forma é Maurício Picarelli. Para ele, a aliança nacional está sendo forçada por um “canibalismo político” de lideranças e siglas aliadas a Lula que estão pensando mais na acomodação em cargos no governo federal do que na realidade local de seus partidos.

Os petistas atestam em côro que não há qualquer hipótese de interferência da Executiva Nacional do PT contra a candidatura de Zeca ao governo. “Nem se o próprio Lula pedisse, Zeca deixa de ser candidato”, garante Paulo Duarte.

Para ele, voltar atrás na candidatura própria seria ou mesmo lançar um candidato figurativo seria “falta de vergonha” a esta altura que o partido já sinalizou para a sociedade que disputará as eleições. “Se isso acontecer o PT não me serviria mais como legenda”, acrescenta.

O deputado Pedro kemp afirma que o PT local tem o aval da executiva nacional para lançar candidatura em Mato Grosso do Sul. Ele avalia que a candidatura de Zeca não resultará em qualquer prejuízo para Dilma.

“Não é porque os convencionais do PMDB votarão contra que a aliança com Dilma não se consolidará”, analisa.

Também do PT, Pedro Teruel tem certeza de que a aliança nacional se consolidará e que melhor seria se André Puccinelli desse palanque a Dilma, uma vez que ela, na sua avaliação, tem chances de vitória.

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