segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Esquerda quer resgatar o "PT baderneiro" em MS


Segunda, 12 de Novembro de 2007 - 10:00 hs

Durante o lançamento de sua candidatura a presidente regional do partido, o deputado estadual petista Pedro Kemp defendeu ontem a volta do "PT baderneiro" e disse que, se a sigla deseja retornar o Governo em 2010, precisa se reaproximar dos movimentos sociais e estreitar a relação com a militância. "No passado o PT era acusado de ser baderneiro, o partido ia às ruas, levantava bandeiras. Estávamos presentes nos movimentos sociais, movimento negro, das mulheres, da reforma agrária. Mas o PT se afastou dos movimentos sociais", avaliou. "Gostaria de ver novamente estas manchetes no jornais, de um PT baderneiro, ligado às massas".

Para o petista, representante da esquerda do PT, o partido foi descaracterizado ao longo do período em que ocupou o Governo de Mato Grosso do Sul. "Nós nos afastamos da militância. A militância do PT foi trocada por cabos eleitorais", avaliou.

Kemp criticou a atual administração do partido. "Tem que haver maior democracia interna, maior transparência da administração. O partido está muito burocratizado. Não queremos mais um PT que tenha um rolo compressor, que sufoque um dos nosso maiores patrimônios: a democracia interna do partido. Não queremos um PT que traga filiados em massa, sem qualquer formação política dos seus membros.", analisou, enfatizando que, caso seja eleito, vai trabalhar para aproximar militantes da cúpula da legenda.

O ministro da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap), Altermir Gregolim, que participou do lançamento da candidatura de Kemp, disse que o partido se afastou do projeto da esquerda socialista. "Precisamos aprofundar as mudanças no Governo do PT. Realizar mudanças cada vez mais profundas".

Mensalão

Kemp está convencido de que nas eleições de 2008 os adversários do PT vão explorar o fato de Governo de José Orcírio dos Santos estar envolvido em suspeitas de mensalão pago com o dinheiro da farra da publicidade. "Os adversários vão tentar desgastar o PT com isto". O deputado torce para que as investigações sejam rápidas e apontem o mais rápido possível os culpados. "Temos o maior interesse de que tudo seja esclarecido o quanto antes. Não podemos admitir o linchamento político que estão fazendo com muitas pessoas que são inocentes".

Pré-candidato a prefeito de Campo Grande, Kemp disse ser inadmissível a proposta de abrir mão da cabeça-de-chapa. "O PT acumulou experiência quando assumiu o Governo. Por questão de sobrevivência política, é fundamental termos candidatura própria".

Fonte: Correio do Estado

http://www.anastacionoticias.com.br/index.php?pagina=noticias-ver&codigo_noticia=6458

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