quinta-feira, 18 de março de 2010

Arruda sai hoje da prisão para fazer exame

A defesa pediu ao STJ prisão domiciliar para que ele possa se recuperar em casa

Do R7 em Brasília com TV Record

O governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido), vai fazer exame de cateterismo às 8h da manhã desta quinta-feira (18) no Hospital das Forças Armadas. Seus advogados pediram ontem, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), prisão domiciliar para que ele possa se recuperar em casa do procedimento médico. Arruda está preso preventivamente na Superintendência da PF (Polícia Federal) desde o dia 11 de fevereiro.

De acordo com os advogados, o exame seria feito às 19h de ontem. O governador chegou a fazer jejum durante todo o dia, mas sua saída não foi autorizada pela PF. O cateterismo foi solicitado pelo médico particular de Arruda, Brasil Caiado, depois que tomografia feita na segunda-feira apontou placa de gordura em uma das principais artérias do coração. O procedimento, segundo Caiado, vai indicar qual o grau de obstrução e qual o tratamento indicado.

A visita do médico particular foi permitida pelo STJ depois que o governador licenciado reclamou de dores e inchaços no pé direito e de crises de pressão alta. Desde a primeira visita, Arruda já saiu da prisão duas vezes para fazer exames: uma ressonância no pé direito e uma tomografia no coração.

O plenário da Câmara do DF aprovou por unanimidade ontem – com 18 votos - o projeto de emenda à Lei Orgânica do DF, que estabelece eleição indireta para o governo em caso de vacância dos cargos de governador e vice-governador. Em 10 dias, o projeto volta para o plenário para ser votado em segundo turno e depois segue para sanção. Na votação do segundo turno, a emenda também deve ser aprovada por 2/3 dos deputados.

O mandato de Arruda foi cassado pelo TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do DF) por quatro votos a três na terça-feira. Em seu voto, o relator rebateu o principal argumento da defesa: de que Arruda sofreu discriminação dentro do partido e que por isso se desfiliou da legenda em dezembro. Caso a defesa de Arruda não recorra da decisão, ele perde as prerrogativas de governador após a notificação da Câmara Legislativa, o que deve ocorrer nesta quinta-feira.

Arruda está preso pela acusação de tentar subornar uma das principais testemunhas do inquérito que investiga um suposto esquema de pagamento de propina dentro do governo do DF.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Josias de Souza: Decisão do TRE consolida protagonismo do Judiciário


Por 4 votos contra 3, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal cassou nesta terça-feira (16) o mandato do governador afastado e preso José Roberto Arruda (sem partido) por desfiliação partidária.

A maioria dos integrantes da Corte seguiu o voto do relator Mário Machado, e defendeu que Arruda deixou o DEM sem respaldo legal, mesmo estando ameaçado de expulsão.

"Essa decisão do TRE consolida uma fase de protagonismo do Judiciário no combate à corrupção", diz Josias de Souza, colunista da Folha e blogueiro da Folha Online

Josias de Souza

Souza afirma que neste momento, "tudo é muito surpreendente e inusitado e deve ser festejado". Ele ressalta que é preciso lembrar que até o final do ano passado, Arruda era um candidato considerado imbatível no DF e até chegou a ser cotado como vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra (PSDB).

terça-feira, 16 de março de 2010

TRE aprova perda de mandato de Arruda; defesa recorre ao TSE


Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília

Sérgio Lima/Folha Imagem Preso desde fevereiro na Superintendência da Polícia Federal, José Roberto Arruda teve seu mandato cassado nesta terça-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral

Atualizada às 20h42

Por quatro votos a três, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal decretou a perda de mandato do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), por infidelidade partidária. O pedido foi feito pelo Ministério Público Eleitoral. Com a decisão, Arruda não é mais governador, mas pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e conseguir efeito suspensivo, para que a medida só seja colocada em prática após a decisão final no caso.

Na sessão que ocorreu durante a tarde, o voto de desempate foi apresentado pelo desembargador Lecir Manoel da Luz. Ele presidiu a sessão no lugar do presidente interino João Mariosi, que se declarou impedido de participar, sem especificar o motivo.
Procurador contradiz advogada de Arruda, e TRE rejeita alegação de pedido fora do prazo

* Leia mais

A Câmara Legislativa do DF teria o prazo de dez dias para dar posse ao sucessor. No entanto, o caso ainda tem de ser analisado e julgado na instância superior para se concretizar a decisão.

O relator do caso, desembargador Mário Machado, apresentou um parecer favorável ao pedido do MPE, concordando que se trata de desfiliação por decisão pessoal, motivação que não é aceita pelo Tribunal Superior Eleitoral como justa causa para a ação.

“Não houve tratamento discriminatório algum. Não foi apenas contra o requerido [Arruda] que o partido DEM [cogitou expulsar], mas também a todos os referidos [no inquérito que investiga o caso de corrupção no DF]”, destacou o relator, alegando o processo não teria cunho arbitrário dado os “reprováveis atos e fatos” relacionados com o governador afastado.

“Pondero que, a inércia do partido Democratas não reivindicando pela resolução, em nada inviabiliza o ocasional pedido do Ministério Público Eleitoral (...) Não havendo argumento sério, não se justifica a desfiliação partidária. Procedimento de expulsão calcada em motivos graves não autoriza o reconhecimento de justa causa para infidelidade partidária”, completou Machado.
Leia mais

* Procuradoria reforça pedido de intervenção no DF em parecer enviado ao STF
* Problemas de saúde não garantem liberdade a Arruda, afirmam especialistas
* Arruda entra com pedido de revogação de prisão preventiva no STJ
* Arruda deve ser submetido a cateterismo ainda nesta semana

Em sua exposição, o procurador regional eleitoral, Renato Brill de Góes, também havia argumentado que a falta de manifestação do partido em nada alteraria a ação do Ministério Público Eleitoral que pede a perda do cargo.

Há apenas quatro razões que são consideradas aceitáveis para desfiliação partidária: criação de nova legenda; desvio reiterado do programa partidário; incorporação ou fusão do partido; ou grave discriminação pessoal. “A questão não é que o mandato pertence ao partido. Não é somente esta frase o que o Supremo Tribunal Federal decidiu. Isso envolve todo o arcabouço democrático. A legitimidade do Ministério Público Eleitoral está na resolução 22.610 de 2007. A legitimidade não se discute”, destaca Brill.

Já a advogada de defesa de Arruda, Luciana Lóssio, surpreendeu: alegou que o processo do MPE teria sido entregue fora do prazo. No entanto, foi rapidamente corrigida pelo procurador. “[A advogada] está confundindo o prazo que se conta dá de desfiliação (...) Somente dois dias da entrega da comunicação ao partido e ao juiz eleitoral, o vinculo [com o partido] torna-se extinto”, rebateu.

Brill apresentou que a saída de fato de Arruda da legenda só correu no dia 15 de dezembro de 2009. Com isso, os prazos de 30 dias para o DEM acionar a justiça pelo mandato e depois de mais 30 dias, terminaria depois da data que o MPE entrou com a ação - no dia 9 de fevereiro.

Antes da decisão final, os seis integrantes da corte votaram três prerrogativas levantadas pela advogada de Arruda: de prazo errado de entrada da ação na Justiça; de cerceamento do direito de ampla defesa e de que o MPE não teria competência para fazer o pedido. Todas foram rejeitadas por unanimidade.

“A tese da defesa é de grave discriminação pessoal. Esta é a tese jurídica. O partido Democratas nada mais fez do que cumprir o exercício de seu direito. Não se pode falar em grave discriminação pessoal quando se está praticando o exercício regular do direito, defendeu o procurador regional eleitoral, Renato Brill de Góes.

Histórico do caso
Em geral, é o partido que pede o mandato do candidato infiel. Contudo, neste caso, o Ministério Público Eleitoral, que tem a prerrogativa de fazê-lo.

A Corte do TRE contou com seis votos, incluindo o do relator, o desembargador Mário Machado. Os outros cinco integrantes são o desembargador federal Cândido Ribeiro, o desembargador Antoninho Lopes, o juiz João Egmont, o juiz Evandro Pertence e o desembargador Raul Sabóia. O sétimo membro da corte é o procurador regional eleitoral, Renato Brill de Góes, que não vota por ter sido o autor da ação contra Arruda.

* do UOL Notícias

domingo, 14 de março de 2010

Diário da Manhã no Painel do Paim

http://site.dm.com.br/

sexta-feira, 12 de março de 2010

Arroyo pode ser preso acusado de falsidade ideológica

O deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) pode ser preso sob acusação de falsidade ideológica por meio de ação protocolada na Justiça Comum, Procuradoria Geral Eleitoral da República e no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) pelo jornalista Silvio Martins Martinez dos Santos.

Ele acusa o parlamentar de declaração falsa em processo e falsificação de recibo. Ao Ministério Público Eleitoral, foi pedido ainda o "afastamento do mandato ou prisão do representado até a conclusão da fase instrutória".

Na prática, a empresa do jornalista, Edição Extra Ltda, aparece na prestação de contas de Arroyo como doadora de campanha em 2006.

Entretanto, segundo o advogado Antônio Trindade Neto, seu cliente não doou qualquer valor, muito menos R$ 2,8 mil à campanha do deputado. O jornalista acusa o parlamentar de ter falsificado o recibo.

"Foi uma falsificação grosseira", disse o advogado.

Se Arroyo for condenado por falsidade ideológica, além de ser preso, pode ficar cinco anos inelegível.

A procuradoria também foi acionada para investigar a possibilidade de crime contra a ordem tributária. Se as suspeitas forem comprovadas, Arroyo pode ter que ressarcir a Justiça Federal.

Os advogados também prometem ingressar com ação na Justiça comum por danos morais e materiais. O valor solicitado é de 100 vezes o valor dos prejuízos, o que totaliza R$ 2 milhões, conforme Antônio Trindade Neto.

O jornalista Sílvio Martinez só descobriu a doação depois de ter sido notificado pelo TRE. De acordo com o advogado do jornalista, a lei também proíbe doação de pessoas jurídicas em dois por centro do faturamento bruto do ano anterior ao pleito.

Porém, sua empresa não poderia ter feito doações, já que estava inativa no período citado.

Foi dado prazo para que o jornalista se defenda. Caso contrário, receberá multa de 10 vezes o valor da doação (cerca de R$ 28 mil) e ficará proibido de participar de licitações envolvendo o poder público.

Sílvio Martinez procurou Arroyo, mas o parlamentar negou a culpa e pediu que ele falasse com o secretário de Governo, Osmar Jerônymo, responsável à época pela campanha.

Como não tem contato com o secretário, o jornalista resolveu ingressar com a ação.

Arroyo alega que suas contas foram devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral e que essa "doação" teria sido negociação com os coordenadores de campanha em forma de prestação de serviço.

Ele vai aguardar ser notificado para depois se manifestar através de sua assessoria jurídica.





Fonte: Fernanda França

sexta-feira, 5 de março de 2010

Zeca recebe apoio de Dirceu Lanzarini e de vice do DEM


Paulo Fernandes
Ernesto Franco

Ex-governador Zeca discursa ao lado do prefeito Dirceu Lanzarini (PR)

Em sua passagem por Amambai (347 km de Campo Grande) na noite de quinta-feira e por Tacuru na manhã de hoje, o ex-governador e pré-candidato Zeca do PT encontrou políticos de vários partidos e contou com a presença e o apoio dos prefeitos Dirceu Lanzarini (PR) e Cláudio Rocha (PR), do vice de Amambai José Aguiar (DEM), e de diversos vereadores.

Lanzarini foi presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) e da Fundesporte (Fundação Estadual de Esporte), durante a gestão do próprio Zeca no comando do Poder Executivo.

“Amambai tem o costume de receber a todos, inclusive o governador André, mas com o Zeca existe sempre um carinho especial, uma emoção diferente, por seu reconhecimento ao nosso município, materializado em suas obras quando foi governador”, disse Dirceu, conforme a assessoria de imprensa do ex-governador.

“Foi um ato de coragem do prefeito Dirceu e de seu vice Aguiar e do Claudio em estarem me acompanhando. Agradeço muito por esse empenho de vocês, mesmo sabendo que podem sofrer sanções por estarem comigo”, afirmou Zeca.

De acordo com o líder do prefeito na Câmara de Amambai, Valter Brito da Silva (PR), qualquer que seja a decisão dos partidos “pelo menos cinco dos nove vereadores de Amambai marcharão com Zeca do PT”. “ao contrário do atual governador que só dá saliva e papo furado, o Zeca trouxe obras e desenvolvimento para todos”, disse.

Na manhã de hoje, o ex-governador foi recebido com fogos de artifício por uma caravana na entrada de Tacuru e homenageado na Câmara Municipal.

Na comitiva de Zeca estavam o presidente regional do PT, Marcus Garcia, e os deputados federais Vander Loubert (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT).

quinta-feira, 4 de março de 2010

Nelsinho Trad pede R$ 32 milhões ao governo federal

Paulo Fernandes

Acompanhado da bancada federal e do vereador Carlos Borges, o prefeito Nelson Trad Filho se reuniu nesta quinta-feira com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) em uma missão de conseguir socorro financeiro para recuperar Campo Grande dos estragos da chuva de sábado. Ele também já se reuniu com ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional).

Nelsinho pleiteia R$ 32 milhões do governo federal, valor do prejuízo estimado pela Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. O montante foi confirmado pelo próprio prefeito, que deve se reunir ainda com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).

Com os R$ 32 milhões, o prefeito espera realizar as obras nas avenidas Ricardo Brandão e Nelly Martins (Via Parque) e na rua Ceará, destruídas pelo temporal. (matéria alterada às 14h24)

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ainda confusa, sucessão no governo de DF deve ficar entre PT e Joaquim Roriz (PSC)

Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasil

Apesar de ainda nebuloso, o cenário para a sucessão do governo do Distrito Federal aparenta se construir entre um candidato do PT e Joaquim Roriz (PSC), que já foi quatro vezes governador do DF e é acusado de ter iniciado o suposto esquema de propinas - seguido pelo governador afastado e preso, José Roberto Arruda, conhecido como “mensalão do DEM”.

Dentro do PT, a disputa promete ser grande. De um lado, o ex-ministro dos Esportes Agnelo Queiroz já trabalha há um ano e meio nas articulações para se candidatar ao governo do DF. “Na prévia do dia 21 de março, é quando vamos decidir. Nós tínhamos feito um acordo e a quebra dele vai atrasar, em quase um mês, a definição do partido”, explica o ex-presidente do Diretório Regional do PT, Chico Vigilante.

O “acordo” a que Vigilante se refere foi a designação combinada entre os correligionários com Agnelo como candidato ao governo e o deputado Geraldo Magela, que pleitearia um vaga no Senado. Magela, no entanto, mudou de ideia após a crise no GDF.

“Ele achava Arruda imbatível e, agora, quer se apresentar nas prévias. Foi quebra de acordo”, alega Vigilante. O deputado petista se defende. “A partir da crise, fui procurado por pessoas de vários segmentos me pedindo para representá-los e estou pré-candidato".

"Posso garantir que 70, 75% dos votos devem ser de Agnelo.”, alfinetou Vigilante.

Apesar da divergência interna, as lideranças da legenda concordam que o único concorrente de fôlego contra o PT seria Roriz. “Apesar de tudo, ele é um candidato forte e principal concorrente do PT”, avalia Magela.

Dentro da base aliada do governo federal, destacam-se dois senadores, que em vez da reeleição poderiam ser destacados em suas legendas para ocupar a chefia do Executivo do DF. São eles: Gim Argello (PTB) e Cristovam Buarque (PDT). A bancada petista já expressou que o DF será uma das prioridades do partido neste pleito e pretende fortalecer a aliança com outros partidos, já estabelecida em torno da candidatura à presidência da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.

“Roriz é o pai de tudo isso que se descobriu com as denúncias contra Arruda. Quem montou o esquema [de mensalão] foi Roriz, quem perpetuou foi Arruda”, destaca Vigilante.

Nesta última semana, passaram a ser veiculadas em cadeia de rádio e TV mensagens de Joaquim Roriz comentando a crise em Brasília. "É tão vergonhoso, é tão escandaloso, (...) como pode chegar nisso aí? (...) A Justiça vai punir, (...) Então, eu fico... Por um lado, eu fico com profunda decepção, por outro, cheio de esperança que a Justiça cumpra seu dever”, diz em um dos programas.

Contudo, Roriz ignora o fato de ser sido citado pelo delator da Operação Caixa de Pandora, o ex-Secretário Durval Barbosa, de que o esquema de recebimento de propina e arrecadação ilegal de recursos já existia na campanha de Roriz, em 2002.

Com a crise do governo de Arruda, a direção do diretório regional do DEM foi dissolvida. Ficou a cargo do senador Marco Maciel (PE) formar uma comissão composta por filiados sem envolvimentos com os últimos escândalos políticos, para assim melhorar a imagem da chapa em relação ao seu eleitorado. “Não há mais ninguém do DEM que possa assumir o governo do DF”, definiu o presidente nacional da legenda, o deputado federal Rodrigo Maia (RJ).

A situação incerta de Brasília também ajudou a frear o posicionamento dos tucanos na região, que faziam parte da base aliada de Arruda.“O PSDB não tem política orientada no DF. A gente não está cuidando disso ainda. Vamos tratar disso com um pouco mais de calma na próxima semana”, prometeu o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. O diretório regional tucano também foi afetado com a crise no DF. O presidente regional, Márcio Machado, saiu em dezembro do ano passado do cargo, após ser ter citado em documentos que remetiam à caixa 2 de campanha, obtidas por meio de buscas pela Polícia Federal.