quarta-feira, 28 de abril de 2010

Wilson Barbosa Martins, ex-governador de Mato Grosso do Sul e ex-parlamentar lançará livro de memórias


Aline dos Santos
Marcelo Victor

Wilson lançará "Janela da História" no próximo dia 6 de maio

Aos 92 anos, Wilson Barbosa Martins, que governou o Estado por duas vezes, lança no próximo dia 6 um livro de memórias.

“Janela da História” será lançado ao público às 19h30, no Rádio Clube, em Campo Grande.

No dia 4, o livro será apresentado à imprensa em entrevista coletiva, com a presença do ex-governador, no Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul.

Formado em Direito, Wilson Martins se destacou no cenário político estadual e nacional. Em 1958, ele foi eleito prefeito de Campo Grande. Cinco anos depois, ele se elegeu deputado federal. Reeleito para a Câmara dos Deputados, o ex-governador ajudou a criar o MDB (Movimento Democrático Brasileiro). O tempo era de ditadura militar, e o político foi cassado, pois o partido defendia a redemocratização.

Wilson Martins voltou ao cenário político em 1983, quando foi eleito governador de Mato Grosso do Sul. Em seguida, venceu a eleição para o Senado Federal. Ele foi reeleito para o governo do Estado em 1994 e encerrou a carreira política em 1998.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Perito reforça a tese de suicídio de acusado de matar seis jovens em Luziania

do UOL Notícias

Luiz Felipe Fernandes
Especial para o UOL Notícias
Em Goiânia

Uma sindicância da Polícia Civil de Goiás vai apurar as circunstâncias da morte do pedreiro Adimar Jesus da Silva, 40, encontrado morto na cela onde ele estava, no início da tarde de hoje (18). Quatro peritos do Instituto de Criminalística estiveram no local e, num levantamento preliminar, afirmaram que se tratou de um suicídio.

“É prematuro fazer qualquer afirmação, mas, aparentemente, não existe outra possibilidade para a morte”, disse a perita criminal Iracilda Coutinho Itacaramby. Durante a semana serão feitas novas análises na cela e no corpo de Adimar. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) deve ser concluído em 20 dias.

Os peritos também recolheram a espécie de corda que, segundo a polícia, foi feita pelo próprio Adimar. O instrumento teria sido confeccionado com tiras do tecido que revestia o colchão dele e chamou a atenção por estar muito bem feita, em forma de trança. A corda foi amarrada na grade que protege a abertura de ventilação da cela – uma altura de cerca de 2,5 metros.

Iracilda afirmou que Adimar não ficou suspenso no ar. Segundo ela, o pedreiro teria usado o peso do próprio corpo para forçar a tração da corda no pescoço. A perita disse que, num primeiro momento, também não localizou perfurações. A mancha de sangue na camisa de Adimar pode ser, segundo ela, resultado de sangramento pelo nariz ou boca. “Isso é comum em caso de enforcamento”, explicou.

Premeditado

Ontem à tarde, presos da cela ao lado chegaram a ouvir o som de pano sendo rasgado. Cláudio Tomaz da Costa, 26, que está preso na carceragem da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), disse que chegou a conversar, em tom de brincadeira, sobre a possibilidade de Adimar querer se suicidar. O pedreiro teria desconversado, justificando que cortava o lençol porque estava grande demais.

Cláudio contou que, pouco tempo antes de morrer, Adimar almoçou e conversou com os outros presos, inclusive dando detalhes da morte dos seis jovens de Luziânia. “Ele pediu pra gente ler o jornal em voz alta, pra saber o que tinha saído sobre ele”. O pedreiro estava isolado desde que foi transferido para Goiânia, há exatamente uma semana.

A polícia acredita que Adimar já estava planejando a própria morte. “Ele ligou o chuveiro para não ser ouvido pelos presos da outra cela”, comentou o delegado Norton Luiz Ferreira. Na semana passada, quando o pedreiro foi apresentado pela polícia, ele falou aos jornalistas que já tinha tentado suicídio quando cumpria pena em Brasília, mas que a camiseta usada para se enforcar tinha arrebentado.

O caso está sendo acompanhado pelo delegado Sidney Costa e Souza, da corregedoria da Polícia Civil goiana. Ele ouviu dois dos 11 presos que estão na cela ao lado da que Adimar ficava. Apesar dos indícios de que realmente foi um suicídio, uma investigação poderá esclarecer outros detalhes da morte.

Desaparecidos

Adimar Jesus da Silva era acusado de matar seis jovens de Luziânia, no entorno de Brasília. Os rapazes, com idades entre 13 e 19 anos, estavam desaparecidos desde o fim do ano passado. O pedreiro confessou os crimes à polícia, dando versões confusas e explicações contraditórias. Numa delas, disse que receberia R$ 5 mil para matar as vítimas.

O caso levantou a discussão sobre a legislação penal e o sistema prisional brasileiros, já que Adimar foi beneficiado com a progressão de pena mesmo com laudos indicando que ele deveria receber tratamento psicológico. Além disso, identidades com nomes diferentes não permitiram à justiça saber que contra ele havia um mandado de prisão de 2000, por uma tentativa de homicídio no interior da Bahia.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Senador Valter Pereira pode tirar o presidente da Assomasul do PSDB


Paulo Fernandes
Marcelo Victor

Valter Pereira pode levar Beto Pereiro e todo um "time" para o PSB

A saída do senador Valter Pereira do PMDB pode desfalcar também o PSDB. Ele e o filho, o presidente da Asssomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Humberto Pereira, pretendem fazer a mudança de sigla partidária juntos.

Nesta tarde, o prefeito de Terenos, que é filiado ao PSDB, recebeu o presidente regional do PSB, Sérgio Assis, na sede da associação dos prefeitos. Eles discutiram detalhes sobre a filiação.

De acordo com o prefeito, conhecido como Beto Pereira, a mudança tem 90% de chance de ser concretizada e levará todo um grupo político ao PSB. “Estamos acertando, caso ocorra à mudança, irá todo um time. Só faltam detalhes de ordem administrativa”, disse.

Neste time é possível que estejam nomes como o do suplente de senador Eduardo Marcondes.

De acordo com Sérgio Assis, a reunião era para marcar a data da filiação do grupo de Valter Pereira, o que acabou não acontecendo (ainda).

Sérgio diz que a presidência do partido não foi negociada e que ele mesmo fez o convite ao grupo de Valter Pereira. “Essa questão é mais fofoca”, afirmou.

“Ele está vindo desarmado. Ele está vindo desarmado. É um quadro com 40 anos em um partido e que vai colocar à disposição do partido a sua estrutura para elegermos um deputado federal e três estaduais”, prosseguiu.

O PSB é o quinto maior partido do País, mas em Mato Grosso do Sul não possui representantes na Assembleia Legislativa.

A previsão de Beto Pereira é de que a definição sobre a mudança de partido ocorra até o fim do mês.